É bem provável que paire esta dúvida na cabeça de muitas pessoas que acabaram
de formalizar suas empresas. Receberam o CNPJ, documento que os habilita a serem
"empresários".
Mas, afinal, como se forma um empresário? Quanto tempo leva? O que é preciso
para ser um empresário? Ou não precisa de nada?
Vamos fazer uma analogia com os profissionais liberais:
Um médico para começar a realizar cirurgias, leva mais de oito anos. Com
responsabilidade e autoridade.
Um advogado para enfrentar um júri, um juiz, defender ou representar alguém,
tem que cursar cinco anos de graduação na faculdade e ainda passar no exame da
OAB, condição que tem sido cada vez mais difícil nos últimos tempos.
Para que um engenheiro faça um projeto de uma casa, tem que utilizar de muito
conhecimento e experiência. Além das especializações necessárias, pois é preciso
se atualizar sempre.
Isso serve para jornalistas, dentistas, arquitetos, professores, contadores e
todos os profissionais que escolheram atuar com aquela atividade. Uma pessoa se
intitula "empresário" a partir do momento em que começa a agir, informal ou
formalmente.
Acha que não requer nem prática e, muito menos, habilidade. Simplesmente se
convence que pode abrir sua empresa e vender seus produtos ou serviços e, melhor
ainda, que as pessoas vão comprar. A dura realidade é a indicada pelas pesquisas
do SEBRAE, que apontam no Brasil uma mortalidade ainda alta de empresas. E há
aquelas que seguem insistindo no mesmo modelo e logo descobrem que não
conseguirão ir mais longe.
As causas mais importantes do fracasso são, invariavelmente, falta de
habilidade e conhecimento como empreendedor, falta de um planejamento adequado e
deficiência na gestão do negócio. Aí surge a questão: abri minha empresa! E
agora? Qual a resposta? Ou quais são elas?
Com certeza, uma delas é: agora você tem que sobreviver. Outra, deverá ser:
agora a sua empresa tem que dar lucro. Ainda outra: agora sua empresa tem que
vender.
Muitas são as respostas para essa angústia, principalmente porque se você não
se preparou adequadamente para entrar no mercado, onde existem concorrentes
competentes, que se preparam bem, terá que buscar respostas durante o
desenvolvimento da empresa, ou, como diz o ditado: "consertar a roda com o carro
em movimento".
Se esta pergunta faz parte do seu cotidiano, aja imediatamente, procurando as
informações necessárias para as soluções dos problemas. Ações de curto prazo
serão imprescindíveis, como:
- reavaliar o mercado - clientes, concorrentes e fornecedores
- ajustar (ou implantar, se não tiver) os controles - estoque, venda, contas
a pagar/receber, clientes, custos, preço de venda e fluxo de caixa
- alinhar os perfis e as funções dos funcionários
- verificar se os produtos ou serviços atendem às necessidades do
mercado.
Estas providências poderão dar um fôlego, mas não bastam. É necessário
organizar a empresa, disciplinar os processos e os recursos e desenvolver uma
proposta de ações de médio e longo prazo (pode chamar isto de planejamento
estratégico). Um plano de negócios pode ser uma boa ferramenta para definir,
acompanhar, avaliar e corrigir essas atividades. Há vários modelos e um deles
deverá ser mais apropriado e preciso para a sua empresa.
Afinal, quem tem conhecimento vai pra frente, não é?
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